Segunda, 24 Outubro 2016 10:48

Colóquio Educação e ensino

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“A raiz dos problemas da educação brasileira é o sistema educacional”, diz Tadeu Jorge

“A educação brasileira deixa a desejar. Temos problemas qualitativos.  Uma questão conceitual que parecer ser a raiz dos problemas da educação brasileira é o sistema educacional. A prioridade tem que ser na educação infantil, que é a base que ancora tudo que vem depois. E, aos poucos, corrigindo as outras etapas. Primeiro, a educação infantil, creche (pré-escola), depois fundamental, em seguida, ensino médio e a última etapa, o ensino superior. Serão bem mais fáceis se as etapas iniciais estiverem bem estabelecidas em termo de qualidade”, avaliou o reitor José Tadeu Jorge no Colóquio “Universidade e ensino” realizado na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), na manhã de sexta-feira (21).

O reitor promoveu um debate sobre o sistema nacional brasileiro e todas suas etapas, desde sua educação infantil até a educação continuada - depois que as pessoas já são profissionais atuando no mercado. Tadeu Jorge fez uma avaliação crítica sobre a educação brasileira. As pessoas participaram ativamente, o que produziu um debate sobre conhecimentos das causas que levam a educação brasileira a ter uma qualidade muito mais baixa do que gostariam que tivesse. “Gostaria que esse tipo de debate levasse as pessoas a compreender os problemas e, com isso, propor soluções que podem ser, efetivamente, utilizadas para melhorar a educação brasileira”, disse.

A raiz dos nossos problemas é que a educação no Brasil não é entendida como um sistema. Sistema é uma série de etapas encadeadas. Contudo, para ser sistema, explica Tadeu, tem que ter uma característica fundamental, indispensável, cada etapa que existe depende da etapa anterior, que é base, alicerce para a etapa seguinte. Não adianta querer consertar qualquer problema que exista nas etapas finais do sistema.

João Antonio Gambaro, coordenador pedagógico da diretoria de ensino de Piracicaba,  falou do privilégio dos professores em receber o reitor da Unicamp. “Ele fez um histórico da nossa educação com dados, que nos mostrou qual o caminho que temos que analisar para começarmos a ter uma nova perspectiva no nosso ensino. Foi gratificante. Os professores Ttiveram a oportunidade de fazer essa reflexão. Tenho a clareza que o conhecimento vai ser compactuado com outros colegas na escola, que não puderam estar aqui presente”, avaliou.