Segunda, 20 Fevereiro 2017 10:28

Pesquisadores Bolsistas PQ do CNPq e a liderança da FOP

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As bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) são as de mais alto nível do CNPq e destinadas a pesquisadores que possuam produção científica, tecnológica e de inovação de destaque em suas respectivas áreas do conhecimento com o objetivo de incentivar o aumento da produção científica, tecnológica e de inovação de qualidade. Estas bolsas premiam os pesquisadores doutores que se destaquem entre seus pares, valorizando sua produção científica segundo critérios normativos, estabelecidos pelo CNPq, e específicos, pelos Comitês de Assessoramento (CAs) do CNPq. Indiretamente, também incentiva os pesquisadores a melhorarem sua produção científica de qualidade para pleitear essa bolsa. Ela é dividida em 2 categorias, 1 e 2, e a categoria 1 em níveis, A, B, C e D. Os pesquisadores PQ da categoria 2 recebem apenas a bolsa, mas os da categoria 1, além da bolsa pessoal, recebem um auxílio mensal para aplicar na pesquisa ou participar em congressos.

A bolsa PQ é concedida a docentes e pesquisadores doutores vinculados a instituições de ensino e pesquisa do Brasil. Em 2003, a área de Odontologia do CNPq (CA-Odonto) tinha 133 bolsas para disponibilizar para seus docentes-pesquisadores e esse número cresceu gradativamente, alcançando em 2016 um total de 207 bolsistas (Figura 1), aumento substancial de quase 60%. Além do aumento, houve mudança na distribuição dos bolsistas. Em 2003, aproximadamente 80% dos bolsistas PQ da área de Odontologia do CNPq eram das estaduais paulistas (UNICAMP, UNESP e USP). Mas em 2016 caiu para 60% (Figura 2). O lado positivo, mostrado na figura 2, foi o aumento substancial de bolsistas PQ nas IES Federais e particulares (Demais-IES), servindo de reflexão. Segundo o Prof. Jaime Cury, “o segredo de manter ou conseguir a bolsa produtividade do CNPq não depende só de bons projetos de pesquisa, depende de critérios de meritocracia de quem avalia e nesse quesito temos avançado no Brasil!”.

A liderança da FOP como unidade de ensino e pesquisa em termos do número de bolsistas PQ do CNPq da área de Odontologia (Figuras 1 e 2) e entre as paulistas (Figura 5) atesta a qualidade do nosso corpo docente. Atualmente a FOP tem 37 docentes com bolsa PQ do CNPq. Entretanto, a redução porcentual ocorrida, de 23% em 2003 para 17% em 2016 (Figura 2) deve, segundo o Prof. Jaime Cury, servir de alerta para as autoridades FOPianas refletirem quanto ao futuro porque a “descentralização dos bolsistas PQ constatada em 2016 evidencia que há pesquisadores competitivos distribuídos pelo Brasil afora, quer seja em IES públicas federais (Figura 3) ou privadas” (Figura 4). Essa descentralização, por outro lado, segundo o referido professor, tem mérito, porque inspira todos a concorrerem pela bolsa PQ do CNPq contra a hegemonia da FOP como unidade e das públicas paulistas no seu conjunto.

Segundo a Profa. Cínthia Tabchoury, Coordenadora Geral dos Programas de Pós-Graduação da FOP, há uma coerência entre o número de docentes da FOP com bolsa PQ do CNPq e as notas de excelência dadas pela CAPES aos Programas de PG da FOP. Também há coerência entre a liderança da FOP de bolsistas PQ do CNPq e a contribuição porcentual da nossa faculdade (~20%) para produção de artigos científicos publicados em revistas nas bases de dados Medline e ISI feita pela Odontologia brasileira. Ainda de acordo com a Profa. Cínthia Tabchoury, o desafio é manter esta liderança, o que só será possível com o apoio da instituição na manutenção de recursos humanos de docentes e técnicos hoje existentes e no seu processo de renovação.

Professor Guilherme Elias Henriques, atual Diretor da FOP, ressalta o mérito do corpo docente da FOP em conquistar e manter o número expressivo de bolsas no país. Destaca ainda, que muitos bolsistas de outras instituições são ex-alunos da FOP, reforçando a característica de proficiência da faculdade em formar profissionais de grande destaque e expressão.