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Terça, 30 Abril 2019 09:10

Prêmio

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Pós-graduanda da área de Patologia é premiada no Congresso anual da “British Society for Oral and Maxilofacial Surgery”

Vivian Petersen Wagner, bolsista de pos-doc Fapesp, obteve o Primeiro Lugar na sessão de pesquisa (apresentação oral) no Congresso anual da British Society for Oral and Maxilofacial Pathology (BSOMP), que ocorreu na cidade de Dublin (República da Irlanda) nos dias 25 e 26 de Abril de 2019. Ela apresentou o trabalho intitulado "Uncovering BDNF/TRKB pathway in mucoepidermoid carcinoma", o qual faz parte do seu pos-doc Fapesp. A Dra. Vivian possui como supervisor o professor Pablo A. Vargas na FOP-UNICAMP e no momento encontra-se realizando estágio de pesquisa no exterior sob supervisão da Dra. Lynne Bingle (Department of Oral and Maxillofacial Pathology - The University of Sheffield). 

Este Congresso é reconhecido internacionalmente como um dos melhores eventos em Patologia Oral e Maxilofacial do mundo, logo é um grande feito obter o primeiro lugar na área de pesquisa na Sociedade Britânica de Patologia Oral e Maxilofacial, mostrando a força e excelente qualidade da pesquisa desenvolvida nos Departamentos de Patologia Oral e Maxilofacial da FOP-UNICAMP e da School of Clinical Dentistry da Universidade de Sheffield.

A pesquisa tem como objetivo compreender melhor os processos celulares que levam ao desenvolvimento do tumor maligno de glândula salivar mais prevalente, chamado carcinoma mucoepidermoide, assim como testar uma nova estratégia terapêutica para este tumor em laboratório. Utilizando amostras de pacientes, foi possível identificar que o fator de crescimento BDNF e seu receptor se encontram desregulados nas células malignas do carcinoma mucoepidermoide quando comparados a glândulas salivares normais. Além disso, tumores mais agressivos expressam mais estas proteínas. Utilizando técnicas laboratoriais, foi testada uma droga inibidora do receptor de BDNF em células de carcinoma mucoepidermoide. Os resultados foram promissores, demonstrando que esta droga é capaz de deixar as células malignas mais sensíveis a cisplatina (quimioterápico atualmente é utilizado na pratica clinica), podendo assim aumentar a eficácia da quimioterapia convencional. Mais testes serão realizados na Universidade de Sheffield, onde a Dr. Vivian se encontra no momento, para confirmar estes achados preliminares.