Quarta, 10 Agosto 2016 09:29

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Simpósio de Câncer: Diagnóstico tem que ser feito no começo e tratar rápido. Isso faz a diferença

Apesar dos grandes avanços tecnológicos em implante, tomografia, ressonância, técnicas de reconstrução, medicamento na quimioterapia, a mesma quantidade de pessoas que morriam com câncer de cabeça e pescoço há 30 anos atrás continuam morrendo hoje. A taxa de cura da doença está ao redor de 50%. Significa que, de todos que foram acometidos pela doença, metade morrerá em 5 anos, devido ao diagnóstico tardio. Se a doença fosse descoberta no começo a maioria dos pacientes ficariam curados, disse o professor Márcio Ajudarte Lopes, no “1º Simpósio Clube Benedicto Montenegro – Prevenção, Diagnóstico e Tratamento de Câncer de Boca, sediado pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp, no dia 5 de agosto.

O câncer de cabeça e pescoço está entre os 10 mais incidentes no mundo. De acordo com o professor Lopes, a principal causa do diagnóstico tardio está relacionada a educação da população, que geralmente não valoriza a prevenção e tem dificuldade para reconhecer que algo está errado e procurar atendimento. Também é necessário investir em treinamento dos profissionais para reconhecer a doença ainda quando está em fase inicial. Destacou, ainda, a importância de cursos como esse para conscientizar a população. “Diagnóstico tem que ser feito no começo e tratar rápido. Isso faz a diferença. Hoje, o prazo médio para o paciente chegar ao Orocentro e receber o diagnóstico é de seis meses, explica.

“O evento foi uma grande oportunidade de reciclagem para estudantes de Odontologia, pós-graduandos, residentes e profissionais de saúde, principalmente dentistas e médicos que atuam nesta área do câncer bucal. Foram debatidos os principais problemas de câncer de cabeça e pescoço na atualidade, principalmente, do ponto de vista de diagnóstico, prevenção e tratamento de vários especialistas de instituições hospitalares do Estado de São Paulo”, disse.

Foram 320 inscritos pertencentes a diversas entidades de classe que apoiaram o evento, como a associação Ilumina, Orocentro da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Secretaria de Saúde de Piracicaba,  APCD Regional Piracicaba, CROSP, Sindicado de Odontologia de Piracicaba, Uniodonto, SOBEP (Sociedade Brasileira de Estomatologia), Colégio Brasileiro de Cirurgiões, APM (Associação Paulista de Medicina), entre outros.

A inscrição para os alunos de graduação foi um pacote de fraldas geriátricas. No total foram arrecadados 127 pacotes, os quais já foram doados ao Lar dos Velhinhos de Piracicaba e ao Lar Betel de Piracicaba.

Lopes destacou a importância da equipe de apoio – TI e Assessoria de Comunicação e Apoio a Evento – a coordenadoria do campus e a diretoria da FOP-UNICAMP para a realização do Simpósio.