Sexta, 28 Novembro 2014 00:00

Inclusão Social

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Samantha Camargo Daroque proferiu uma palestra sobre surdez e comunicação para os alunos do 3º ano

Samantha Camargo Daroque, docente de Libras da Universidade Federal de São Carlos, proferiu uma palestra sobre surdez e comunicação para os alunos do 3º ano da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP-Unicamp), dentro das atividades da disciplina de Odontologia Social I, no final do mês de outubro, à convite da professora Rosana de Fátima Possobon (área de Psicologia Aplicada).

Pelo sexto ano consecutivo, a professora contribuiu com a área, esclarecendo aos alunos questões importantes sobre a forma de interação com o paciente deficiente auditivo. Além de falar sobre leis que garantem direitos aos deficientes e sobre o setembro azul (mês de divulgação dos direitos dos surdos), a professora ensinou alguns sinais básicos para que um ouvinte possa comunicar-se com o paciente surdo no contexto do tratamento odontológico.

"O mais importante é o entusiasmo com que a professora Samantha aborda o tema, contagiando os alunos e estimulando-os a procurar aprender formas de comunicação com este tipo de paciente especial e, principalmente, derrubando preconceitos relacionados ao deficiente auditivo", comentou a professora Rosana.

“Iniciativas como esta ajudam o aluno a conhecer melhor o paciente surdo, o que contribui para melhorar a sua atuação com este tipo de paciente. Ganha o aluno em conhecimento e ganha o paciente surdo, pois aumentam as chances que ele tem de encontrar um profissional que esteja disposta a atende-lo. Sem este tipo de preparo do profissional, o paciente surdo fica, muitas vezes, sem acesso a informações importantes, pela dificuldade de se comunicar com as pessoas ouvintes”, comentou a professora Samantha.

A professora Rosana ressalta que o tema “paciente especial” é abordado pela área há muitos anos, sendo que, desde 2005 os alunos participam de uma vivência sobre as dificuldades das pessoas com deficiência em locomover-se, em obter informações e em localizar e acessar determinados locais dentro da FOP.

Divididos em grupos, os alunos percorreram os corredores da faculdade simulando deficiências sensoriais (cegueira total e surdez) e físicas (uso de cadeira de rodas), além de dificuldades comumente encontradas pelos idosos. “Os alunos precisam colocar-se no lugar das pessoas com deficiência para que sintam a dificuldade com a locomoção e a comunicação. Como profissionais de saúde, eles precisam ter essa preocupação”, avalia a professora Possobon.