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Centro de Pesquisas e Atendimento Odontológico para Pacientes Especiais

Nossa História

O Centro de Pesquisa e Atendimento Odontológico para Pacientes Especiais – Cepae é uma unidade de pesquisa e serviço vinculada à disciplina de Psicologia Aplicada, do Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp.

Este Centro foi implantado na FOP em agosto de 1993, através do trabalho de um grupo de docentes e pesquisadores coordenados pelo Prof. Dr. Antonio Bento Alves de Moraes, titular da cadeira de Psicologia Aplicada desta instituição de ensino. Com a inclusão na Equipe, em janeiro de 1994, da cirurgiã-dentista Rosana de Fátima Possobon, inicialmente comissionada pela Prefeitura Municipal de Piracicaba e atualmente professora associada da área de Psicologia Aplicada da FOP-Unicamp, houve a consolidação dos serviços prestados à comunidade e o início do desenvolvimento de linhas de pesquisa que nortearam o crescimento e o fortalecimento deste Centro.

A implantação e o desenvolvimento do Cepae fundamentaram-se na concepção de saúde do modelo biopsicossocial, que propõe que o processo saúde/doença é afetado por fatores psicológicos, biológicos e sociais.

O objetivo do Cepae é a promoção da saúde, procurando trabalhar com práticas preventivas, aliando pesquisa e serviço, integrando Psicologia, Odontologia e outras áreas da saúde (especialmente a nutrição e a fonoaudiologia).

O Cepae desenvolve programas de atenção interdisciplinar, voltados à prevenção precoce de alterações bucais e sistêmicas e à promoção e manutenção da saúde, visando não somente a prestação de serviços junto à comunidade e a produção e divulgação de conhecimento científico, mas também a capacitação de profissionais de saúde para a atuação junto ao paciente.

As atividades de produção do conhecimento científico são atreladas aos problemas do serviço e reciclam todos os programas que são desenvolvidos. Assim, os serviços geram dados para o desenvolvimento de pesquisas que, por sua vez, oferecem sustentação científica aos programas oferecidos pelo Cepae. Estas atividades de pesquisa são desenvolvidas em nível de iniciação científica e pós-graduação e têm gerado conhecimento nas áreas de odontologia, psicologia, fonoaudiologia e nutrição. Além disso, a equipe mantém uma rotina de reuniões para estudo e discussão de casos clínicos e de textos científicos, com o objetivo de reciclar os conhecimentos e estimular a realização de pesquisa e a prática da leitura e análise crítica de artigos.

Todas as atividades de serviço e pesquisa desenvolvidas no Cepae são sistematicamente avaliadas e, com base nos resultados desta análise, procede-se a necessária reestruturação no serviço, implantando programas e/ou adequando aqueles que já estão em andamento. Os resultados destas avaliações subsidiaram não somente a implantação de novas frentes de atuação como, também, mudanças relativas ao ingresso do paciente nos programas oferecidos pelo Cepae. Na época de sua implantação, aceitava-se a inscrição de crianças com até 36 meses de idade. Ano a ano, a idade limite foi sendo diminuída, com o objetivo de atuar de forma mais precoce possível para a prevenção dos problemas bucais. Assim, atualmente, para ser paciente do Cepae, a criança é inserida ainda no período gestacional e permanece no programa até completar 5 anos de idade. Esta reestruturação permitiu a elaboração de programas voltados à gestante e à puérpera, com a finalidade de contribuir para a instalação e manutenção da prática do aleitamento materno, que é fundamental para a promoção da saúde da criança.

Ao longo destes anos de funcionamento, dezenas de profissionais e estudantes tiveram a oportunidade de integrar a equipe do Cepae, recebendo orientação e treinamento para a atuação interdisciplinar, com vista à prevenção precoce. A cada ano, a equipe se completa com cerca de 40 profissionais das 4 áreas de saúde (odontologia, psicologia, nutrição e fonoaudiologia), que permanecem por, no mínimo, um ano, num total de 8 horas semanais, o que equivale a 360 horas/ano.