Quinta, 21 Maio 2015 16:25

Aerossóis

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Agente líquido ou solução dispersa no ar sob a forma de uma fina névoa, passíveis de permanecer flutuando por longo período de tempo. É uma suspensão de micropartículas sólidas ou líquidas com dimensões de 0,1 a 50 micrômetros.

Penetram no organismo através das vias aérea e ocular.

Podem ser produzidos principalmente pelos motores de alta e baixa rotação, raspadores ultrassônicos e pelas seringas tríplices.

O M. tuberculosis já foi encontrado nos aerossóis odontológicos.

Micik e cols. conceituam o aerossol odontológico como sendo partículas menores que 50 micrômetros e partículas acima disto são denominadas de espirros. As partículas menores que 50 micrômetros são as que representam maior risco, pois estas é que são capazes de penetrar na árvore respiratória.

O aerossol em si não deve ser confundido com a névoa (spray), o gotejamento e o espirro. É constituido por partículas invisíveis, que são oriundas das névoas produzidas.

A detecção do HIV nos aerossóis é muito pouco provável, já que sua concentração no sangue é geralmente bem menor que a do HBV. 

As linhas de água e as peças de mão podem ficar muito contaminadas.

Os microrganismos podem ser introduzidos na peça de mão no tratamento de um paciente e infectar o próximo. Toda vez que retiramos o pé do pedal de um aparelho de alta rotação há uma aspiração por alguns instantes mesmo que o instrumento rotatório seja equipado com válvula anti-retração.

O CDCP (Centers for Disease Control and Prevention) e a ADA (American Dental Association) sugerem que as linhas de água devem ser acionadas no início dos trabalhos para diminuir a contaminação que se acumulou durante a noite e entre os pacientes para reduzir contagem de microganismos aspirados do paciente anterior.

Diminuindo a produção de aerossóis

Estratégias para diminuir o risco do aerossol em consultórios/clínicas odontológicas:

  • coloque o paciente na posição mais adequada.
  • nunca use a seringa tríplice na sua forma em névoa (spray) acionando os dois botões simultaneamente.
  • regule a saída de água de refrigeração. O dente precisa de refrigeração, mas não há necessidade de exageros.
  • paramentação.
  • use sempre que possível dique de borracha.
  • use sempre sugadores de alta potência.
  • o uso de colutórios anti microbianos antes do tratamento reduz a quantidade de microrganismos na cavidade bucal.
    Ex. clorexidina.

Referências Bibliográficas

  1. ESTRELA,C. Controle de Infecção em Odontologia. São Paulo: Artes Médicas, 2003. 188p.
  2. GUIMARÃES-Jr.,J. Biossegurança e controle de Infecção Cruzada em consultórios odontológicos. I.ed.2001.517p.
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