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A Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp é muito mais que ensino, pesquisa e extensão. Ipês – amarelo, branco e roxo -, tipuanas, jatobás, pau-ferro e muitos exemplares de ingazeiras. A fauna é composta por tucanos, teiús (lagartos), sabiás, beija-flores, e até papagaios já foram vistos. A florada dos ipês-roxos, simplesmente lindos, que embelezam a paisagem e trazem alegria, começa em julho, seguida do ipê-amarelo. Nesta semana tem o auge do ipê-branco. Em outubro é a vez do jacarandá, com sua belíssima flor azul. Os amantes da natureza se encantam com a harmonia entre a fauna e a flora exibida nos campos da FOP.

Ipê roxo -Tabebuia avellanedae – tem as flores muito parecidas com a árvore Tabebuia impetiginosa e a heptaphylla, e muitos dizem e consideram serem da mesma espécie. São muito utilizadas no paisagismo urbano, por sua beleza e desenvolvimento rápido. O ipê-amarelo é uma espécie heliófita – Planta adaptada ao crescimento em ambiente aberto ou exposto à luz direta – e decídua (que perde as folhas em determinada época do ano). Já o ipê-branco – Tabebuia roseo Alba – é talvez a espécie de Ipê mais vistosa quando em flor. Sua floração é muito breve, apenas dois dias por ano, às vezes se repetindo após um mês.

A riqueza e a diversidade encontradas em planta e flora desta Faculdade tiveram como grande precursor o professor Fausto Bérzin, cuja principal preocupação foi a de realizar um paisagismo ancorado em árvores nativas, frutíferas e algumas exóticas.

De aproximadamente quinze anos para cá, a coordenadoria do Campus tem procurado valorizar a paisagem da unidade, revela o Biólogo Adriano Martins, que além de trabalhar no MEV, mantém um jardim de inverno no interior da do prédio principal – localizado no final do corredor da área de Anatomia.

Apenas nos últimos anos foram plantadas cerca de 300 árvores nativas e frutíferas. Há um projeto que tem como objetivo recuperar a mata ciliar, que fica próximo ao córrego que margeia a Faculdade – localizado logo após a cantina. “Estamos trabalhado junto aos órgãos competentes para substituir as leucenas – árvores tipo arbustos, invasoras da nossa flora – por árvores nativas”, explica o Biólogo e diretor de serviços Anderson Laerte Teixeira.

Após um vendaval, ocorrido há cerca de seis anos, o qual sucumbiu algumas árvores, teve início uma nova fase de substituição. No cinqüentenário da FOP foram plantadas, pela comunidade, várias espécies de mudas, entre elas, o Jequitibá Rosa, uma das maiores árvores da flora brasileira, escolhida como a árvore representativa do cinqüentenário, por ser frondosa, bela, valente e vigorosa, sendo também a árvore da fraternidade nacional e o símbolo do Estado de São Paulo.

Além da FOP possuir uma rica paisagem, conta com o apoio dos vizinhos. A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, cujo campus é ladeado com a FOP, divisa com o campo de futebol e a estação de tratamento de esgoto, teve a iniciativa de arborizar toda mata ciliar do córrego. Com isso, vários animais migram para a Faculdade, comenta Martins.

As árvores frutíferas agradam o paladar de animais de várias espécies, formam um sistema de ar condicionado natural, que refresca o ambiente. Além disso, possuem propriedades medicinais. A casca do fruto jatobá ajuda a amenizar os sintomas da bronquite. Já algumas partes da casca do ipê-roxo ajudam no combate ao câncer. O fruto do jambolão, também conhecido como Jamelão, é adstringente, explica o Biólogo Martins.

Os parques – localizados no entorno da Faculdade – são ótimas opções para aqueles que buscam paz, tranquilidade e um contato mais íntimo com a natureza.

Texto: César Maia
Fotos: César Maia, Marco Romano e Marco Cavallari.

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