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A nova proposta terapêutica para tratamento da doença periodontal visa promover menos dor ao paciente, a cirurgia é menos invasiva, remove o mínimo de tecido possível, os procedimentos são mais restrito a região onde tem o problema, o pós-operatório é muito mais confortável,são consumidos menos analgésico e o paciente tem mais satisfação de resultado em comparação ao tratamento convencional. Doença periodontal é uma doença infecto-inflamatória que acomete os tecidos de suporte e sustentação da gengiva. O professor Mácio Zaffalon Casati, da Faculdade Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp, falou sobre as novas formas de tratamento da doença periodontal, no maior evento de odontologia da América Latina, o “Congresso Internacional de Odontologia do Centenário da APCD”, que teve início no sábado, dia 29, e se estende até terça-feira (1).

Segundo Casati, tradicionalmente as doenças periodontais vêm sendo tratadas de uma maneira invasiva, com remoção demasiada da estrutura dental, muitas vezes associadas às sequelas do tratamento, como retração gengival e sensibilidade após o tratamento. “Nós estamos estudando na FOP novas abordagens do tratamento periodontal. Abordagens essas que o paciente tem uma menor morbidade pós- operatória, maior conforto após a terapia, menos remoção da estrutura dental. Em fim, uma abordagem mais focada no tratamento dos fatores que causam a doença propriamente dito”, disse.

Essa nova visão visa um tratamento mais conservador. Já o tratamento convencional é mais demorado, revela o docente. São realizadas de 4 a 6 sessões de raspagem por mês. “Nós propomos uma abordagem de uma instrumentação mais rápida, de 45 minutos a uma hora de tratamento. É mais seletivo. Atua diretamente na causa do problema, em regiões onde estaria levando mais dano para o paciente do que um beneficio.

Cerca de 10% dos palestrantes do Ciosp são docentes da FOP. Ainda no sábado, os professores Enilson Sallum falou sobre manejo de tecidos moles ao redor de dentes; Luiz Roberto Marcondes Martins abordou o tema: pinos de fibra de vidro: protocolos clínicos para obter sucesso na sua utilização; Mauro Antonio de Arruda Nóbilo debateu sobre cuidados e técnica para o alcance da excelência na passividade da prótese sobre implante; Francisco José de Souza Filho discutiu sobre atendimento de urgência em endodontia, Eduardo Dias de Andrade, falou sobre uso de antibióticos na prevenção ou tratamento das doenças bacterianas; Márcio Moraes debateu sobre o tema: complicações em cirurgia bucal e implantodontia.

A estimativa é que mais de 60 mil pessoas, entre cirurgiões dentistas, acadêmicos, expositores de todos os continentes e demais profissionais do setor odontológico estarão reunidos em São Paulo. O evento dá início aos comemorativos dos 100 anos da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas. Mais informações acessar o endereço: www.apcd.org.br/centenario .

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