Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), hoje vivem no Brasil cerca de 190 milhões de idosos. Desses, 23 mil com mais de 100 anos. Dentro de vinte a 30 anos de cada 5 pessoas uma será idosa. Essa é a faixa etária que mais vai crescer no Brasil e no mudo. A população idosa na cidade de Piracicaba acompanha a média do país. Por outro lado, tem o privilegiado de contar com entidades que possibilitam a socialização e cuidado com esse público, como por exemplo, o Lar dos Velhinhos de Piracicaba e Lar Betel. Grupos de terceira idade e Faculdade direcionada a esse público é outro benefício da região. Tudo isso aumenta a socialização e inclusão na sociedade.
O envelhecimento da população é reflexo, principalmente, dos avanços da medicina moderna, que permitiram melhores condições de saúde à população com idade mais avançada, fato que repete em vários países. Além de viver mais, os idosos brasileiros também obtiveram melhoria da renda nos últimos dez anos. Mais de 80% das pessoas acima de 60 anos ganham ao menos um salário e a grande maioria recebe aposentadoria e pensões.
Com o aumento dessa população, os profissionais que trabalham com esse público precisam estar preparados, explica o especialista em odontogeriatria, professor Eduardo Hebling, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp. “A diferença no atendimento a esse público está basicamente no manejo e na forma de tratamento. Eles possuem alterações e doenças crônicas e isso requer cuidados especiais do cirurgião-dentista”, revela.
A colocação de próteses para desdentados parciais e totais estão entre os cuidados mais requisitados, o que faz com que possam participar da cidadania interagido socialmente, além da melhora na qualidade de vida, relata Hebling.
Informação e facilidade de acesso a jornais, a revistas e a internet fez com que o grau de conhecimento em relação ao que a odontologia pode oferecer de tratamento aumentou com o passar do tempo. Além disso, essas pessoas que ficavam restritas ao lar, segregadas aos cantos das casas, hoje, explica o professor, estão mais participativas na sociedade, interagindo em grupos de terceira idade, em cursos de faculdade, em bailes, em eventos esportivos, sociais. Essa realidade exige que essas pessoas tenham uma boa dentição para poder interagir com outras pessoas, além de falar, comer e sorrir. “Ter dentes não é só uma questão de estética. É também uma questão funcional e sobre tudo social. Esse é um diferencial que temos percebido ao longo do tempo de pacientes que procuram o serviço oferecido pela FOP”.
A FOP disponibiliza atendimento especializado a esse público por meio dos cursos de pós-graduação em odontogeriatria. Mais informações pelo telefone 19 2106-5262.