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Um estudo desenvolvido na área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp ganhou a distinção de maior destaque em pesquisa na área odontológica no mundo, o Prêmio Hatton. É a primeira vez que um pesquisador brasileiro ganha o prêmio. A honraria foi entregue à aluna de doutorado Luciana Salles Branco de Almeida, que representou o Brasil na International Association for Dental Research (IADR). Este ano, o congresso foi realizado entre os dias 14 a 19 de março, em San Diego, Califórnia (EUA).

Pesquisadores demonstraram os efeitos da Fluoxetina, medicamento usado para depressão, sobre a diminuição da produção de mediadores da inflamação pelas células dendríticas e consequente diminuição da perda óssea na doença periodontal. Além disso, esta descoberta pode causar impacto no tratamento para outras doenças auto-imunes (como artrite reumatóide) e outras condições que envolvam a ativação de linfócitos.

“A hipótese desse trabalho surgiu porque, apesar de ser largamente utilizada como antidepressivo, estudo recentes mostram que a Fluoxetina possui propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras. Com isso, imaginamos que ela pudesse ser capaz de modular a resposta inflamatória do hospedeiro na doença periodontal”, comentam os autores.

A aluna foi orientada pelo professor Pedro Luis Rosalen e co-orientada pelo professor Gilson Franco (UNITAU). O trabalho foi realizado em parceria com o “The Forsyth Institute” (Harvard Dental/Medical School, Cambridge, MA, EUA), sob colaboração do professor Toshihisa Kawai, durante o período de Doutorado Sanduíche (CAPES/PDEE) realizado por Luciana naquele instituto.

Jacks Jorge Junior, diretor da FOP, disse que a unidade vem trabalhando focada no intuito disponibilizar ferramentas para que os docentes desenvolvam pesquisas da melhor forma possível. Esse prêmio demonstra a força da pesquisa brasileira no cenário internacional.

O prêmio tem significado importante em duas frentes: tanto na própria Instituição, ou seja, na internacionalização da FOP e por conseqüência da Unicamp, conta a coordenadora de pós-graduação Renata Cunha, como nos Programas de Pós-Graduação, onde existe um grande interesse do Governo Federal em sua internacionalização, assim como as Universidades, comenta a coordenadora de pós-graduação.

Segundo ela, o prêmio também salienta a importância da participação de nossos professores a alunos em Congressos e Encontros Internacionais, onde é possível o estabelecimento de contatos com professores e pesquisadores estrangeiros de renome na área de atuação, que possibilita o estabelecimento de projetos de pesquisa em conjunto, reforçando a qualidade de nossas pesquisas. Assim, o prêmio permite não somente o aumento da visibilidade da nossa própria Instituição, como também atende aos anseios e esforços do Governo Federal na busca por maior internacionalização dos Programas de Pós-Graduação.

O Prêmio Internacional “Edward H. Hatton Award”, ou como conhecido no Brasil – “Premio Hatton”, é um dos mais prestigiosos prêmios científicos internacionais em Odontologia, pois revela novas conquistas no campo das ciências da saúde – pesquisas inéditas- e jovens pesquisadores de destaque à comunidade científica internacional, alem disso, coloca o Brasil mais uma vez perante a comunidade cientifica e d’a visibilidade, importância e qualidade da pesquisa Odontologia nacional. Esta conquista ganha também destaque especialmente neste momento em que o Brasil é reconhecido como sendo o 13º maior produtor de ciência do mundo, segundo dados de um relatório da Unesco (2010), no qual é mencionado a importância das 3 universidade publicas paulista, entre elas a Unicamp.

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