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Acaba de ser lançada a primeira edição do livro “Dores Orofaciais – Diagnóstico e Tratamento”, da Editora Artes Médicas, do qual o professor da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp Fausto Berzin escreveu o 42º capítulo e a ex-aluna de doutorado da área de Anatomia, Maria da Graça Rodrigues Berzin, participou com o capítulo 14o. O livro foi organizado pelo professor José Tadeu Tesseroli de Siqueira, considerado o maior especialista em dor orofacial do Brasil, e o neurologista Manoel Jacobsen Teixeira, maior autoridade em dor geral no país. A obra, composta por 811 páginas, divididas em 56 capítulos, poderá ser encontrada nas livrarias entre 350 e 400 reais.

No capítulo Músculo da Cabeça e Pescoço: Fisioterapia e Eletromiografia, o professor Berzin fala sobre eletromiografia e diagnóstico cruzado com diagnóstico de DTM. É uma técnica que foi toda desenvolvida na FOP. Inclusive ela já é usada em faculdades de fisioterapia. “Antes não havia no Brasil um tratamento fisioterápico para musculatura mastigatória e os alunos de pós-graduação da área de Anatomia, do curso de Biologia Buco-Dental, desenvolveram com suas teses essa técnica que hoje está difundida tanto na fisioterapia quanto na fonoaudiologia”, explica o docente.

Já o capítulo “Qualidade de Vida dos Profissionais que Tratam Pacientes com Dor”, escrito pela professora Graça, é parte de sua tese de doutorado. O trabalho conclui que “os profissionais de saúde não estão preparados para atender adequadamente a demanda. O atendimento deveria contemplar os variados e complexos aspectos que envolvem a dor, como a prática diagnóstica precisa, tratamento interdisciplinar, relação com o paciente e a atenção aos componentes emocionais”, argumenta a psicóloga Maria da Graça Rodrigues Bérzin. O trabalho descreve as características da formação profissional, prática clínica e perfil biopsicossocial desses profissionais envolvidos no tratamento da dor orofacial.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, João Batista Santos Garcia, a dor orofacial é um tipo de sofrimento que tem alta prevalência em nosso meio e, apesar dos avanços alcançados na odontologia brasileira, sobre tudo na hospitalar, ainda continua subtratada e subdiagnosticada na população geral. É capaz de gerar alteração na ingestão alimentar, incapacitação para atividades de rotina ou para o trabalho, deterioração das relações interpessoais, ansiedade e depressão, entre outros prejuízos, disse.

A obra é um exemplo da importância da interação entre profissionais de diferentes áreas, catalisados em um ponto único: a dor. Ainda é um modelo de como essa relação é profícua e resulta em melhorias para os pacientes. Dentistas, médicos, psicólogos e fisioterapeutas em ação conjunta.

O objetivo principal do livro, argumenta João Batista, é a educação em dor orofacial, abordando desde aspectos históricos e éticos do tema até seus desdobramentos na qualidade de vida dos pacientes. Com certeza será um alento para os que procuram informações na área, tendo em vista o seu seleto time de autores, todos experientes e expoentes em suas atividades.

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