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Conhecer uma cultura diferente e melhor formação profissional são as principais razões alegadas pelos alunos de graduação para realizar estágio fora do país. Quatro alunas do curso de graduação da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp foram selecionadas para estagiar no exterior. Duas foram agraciadas com bolsa de estudo para realizar intercâmbio estudantil do Programa Ciência sem Fronteiras e duas foram selecionadas para participar do programa “Visita acadêmica de curta duração à Faculdade de Odontologia da Universidade de Sheffield, Inglaterra”.

Ciência sem Fronteiras é um programa que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC. São bolsas oferecidas aos alunos de Graduação para passarem um ano no exterior, em universidades dos seguintes países: Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Itália.

Juliana Delatorre Bronzato, aluna do quarto ano, deverá embarcar em julho rumo à Universidade Estadual de Nova Iorque, em Buffalo, Estados Unidos, por meio do projeto Ciências Sem Fronteiras. O estágio tem duração de doze meses. Nesse período, ela deverá frequentar aulas de inglês e acompanhar o curso de graduação, assim como, os projetos de pesquisas. Ela se diz feliz por ter sido agraciada com a bolsa e por representar a FOP. “Me dediquei muito para isso. É uma conquista”, disse ela, que ingressou precocemente nas atividades oferecidas pela unidade. Já no primeiro ano de curso, começou a desenvolver trabalhos de iniciação científica na área de Endodontia, sob orientação do professor Caio Cézar Randi Ferraz, com apoio da Fapesp. O estudo avaliou a influência de diversos materiais analisados durante o tratamento endodôntico na adesão de sistemas adesivos a dentina da câmara pulpar. O trabalho contou com apoio da área de Materiais Dentários.

“O estágio trará muitos benefícios para sua vida profissional, seja na pós-graduação ou na área clínica”, conta o orientador. A experiência da Iniciação Científica não só trouxe aprendizado no desenvolvimento de pesquisa como nas atividades desenvolvidas na graduação e despertou nela o interesse de fazer estágio no exterior, revela.

Já Renata Pereira, que integra o projeto Sem Fronteiras, irá estagiar na Universidade de Infectologia “Helmholtz Centre”, na Alemanha. Ela irá avaliar o efeito do antibiótico sobre biofilmes dentais. “É uma oportunidade única. Vou morar sozinha, longe de todos e aprender melhor outro idioma. Essa experiência deverá ajudar sobre maneira na minha vida acadêmica”, conta a aluna. Seu projeto de iniciação cientifica, com orientação do professor Flavio Baggio Aguiar, avaliou o efeito do clareamento dental em alguns compostos.

Vanessa Treuherz Salomão e Rosana Prada Semeghini, alunas do quarto ano, passarão trinta dias na Faculdade de Odontologia da Universidade de Sheffield, Inglaterra.

Caio Ferraz alerta para a necessidade dos alunos ficarem atentos as oportunidades oferecidas pela universidade. “Agora com o currículo de cinco anos, teoricamente, os alunos terão mais tempo livre. Eles devem utilizar esse tempo para participar de outras atividades oferecidas pela universidade, como Iniciação Científica”, revela.

A Unicamp tem tradição em pesquisa e proporciona muitas oportunidades aos alunos. Entretanto, depende muito da iniciativa de cada um. Eles não devem depender apenas da grade curricular ou das oportunidades oferecidas pelos orientadores, mas ficarem atentos. Na grandiosidade da Unicamp certas oportunidades aparecem de forma rápida. É fundamental usufruir da estrutura de uma Universidade como a Unicamp, finaliza Randi.

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