Com a ideia de mudar a perspectiva sobre o estresse — que geralmente acreditamos ser algo ruim — a Escola de Educação Corporativa da Unicamp (Educorp) promoveu um workshop para abordar o tema: Gerenciamento do Estresse e Equilíbrio Vida Pessoal/Profissional. O evento aconteceu na manhã do dia 29 de abril, na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp.
O diretor, professor Flávio Henrique Baggio Aguiar, abriu o encontro. “É um curso novo, que vem no sentido de alertar e possibilitar que as pessoas tenham maior conhecimento de si mesmas”, comentou Valéria Martins, da Educorp.



De acordo com o instrutor, Bruno Benitis, médico hematologista no Hemocentro da Unicamp, é importante entender que o estresse é uma resposta fisiológica que nos ajuda a lidar com situações inesperadas, novas demandas e ameaças. “A ideia é compreender como essa resposta funciona no nosso corpo e oferecer ferramentas para que o estresse seja uma reação útil diante dos desafios. Saber ativar essa resposta, mas também desativá-la, por meio de descanso, técnicas de respiração e reorganização do dia a dia”, explicou.
Bruno abordou o estresse que vem de fora, causado por fatores externos, e também o estresse interno, que surge do fluxo de pensamentos, às vezes fora de controle. Ele falou sobre o que podemos fazer para melhorar essa situação.
Antes do workshop, foram distribuídos questionários para avaliar a percepção do estresse pelos participantes. De fato, essa percepção tem aumentado ao longo dos anos e décadas. No entanto, os questionários aplicados após o evento mostraram que os participantes estão conseguindo mudar essa perspectiva, enxergando o estresse de uma forma diferente e começando a usar as técnicas aprendidas no encontro para melhorar o dia a dia.
“Acredito que é importante manter esse foco e essa atenção diante do excesso de informações que consumimos e das múltiplas fontes de estresse que encontramos ao longo do dia. Não devemos agir no piloto automático. É preciso parar, refletir e buscar respaldo na ciência sobre determinados assuntos que podem nos ajudar. Não basta viver os dias atropelados, é fundamental parar para pensar e usar as técnicas apresentadas neste encontro”, conta.