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Orocentro, clínica de diagnóstico de doenças bucais da FOP-UNICAMP, capacita mais de 200 agentes comunitários de saúde para reconhecer sinais e sintomas do câncer de boca

Treinamento agentes de saúde

A Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp realizou, no dia 6 de novembro, a capacitação de 220 agentes comunitários de saúde (ACS) com foco no reconhecimento de sinais e sintomas de desordens orais potencialmente malignas e do câncer bucal, além da orientação adequada para o encaminhamento dos pacientes na rede pública de saúde. A iniciativa integrou a Semana Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal e reforça o papel essencial dos ACS na identificação inicial de alterações e na aproximação entre a comunidade e os serviços de atenção à saúde.

A atividade foi conduzida pelo prof. Dr. Ivan José Correia Neto e pelo prof. Dr. Márcio Ajudarte Lopes, que também coordena o Orocentro, serviço responsável pelo diagnóstico e tratamento de lesões bucais da FOP-Unicamp. O prof. Dr. Márcio Ajudarte Lopes também é responsável pela Clínica de Diagnóstico Oral e coordena o Programa de Pós-Graduação em Estomatopatologia.

A capacitação faz parte de um projeto contemplado pelo FAEPEX (Edital 29/2024 – Apoio à Pesquisa em Tecnologias Assistivas), que destinou cerca de 400 mil reais à Unicamp, USP e Unesp. O projeto, intitulado “Educação a idosos com redução de mobilidade quanto aos sinais do câncer de boca por meio de tecnologias assistivas empregadas por agentes comunitários de saúde nos municípios de Piracicaba, Ribeirão Preto e São José dos Campos”, visa aprimorar o atendimento a populações vulneráveis, sobretudo idosos que apresentam limitações de mobilidade.

Durante o treinamento, os agentes receberam orientações para reconhecer sinais de alerta, como feridas que não cicatrizam após 15 dias, manchas brancas ou avermelhadas, nódulos, áreas endurecidas, aumento de volume e dor persistente. Também foram discutidos fatores de risco como o uso crônico de tabaco e álcool, exposição prolongada ao sol, higiene bucal inadequada e infecção pelo HPV.

O prof. Dr. Ivan José Correia Neto destaca que muitos pacientes ainda chegam ao serviço em estágios avançados da doença, o que dificulta o tratamento. Ele ressalta que os agentes comunitários, por estarem diariamente em contato direto com a população, têm papel decisivo na observação de alterações e na orientação do encaminhamento ao dentista da unidade básica.

Após a avaliação inicial na atenção primária, os casos que demandam investigação especializada são encaminhados ao Orocentro. Pacientes que não conseguem se deslocar até o serviço, como idosos com comorbidades ou pessoas acamadas, recebem atendimento domiciliar realizado pela equipe do próprio Orocentro, garantindo o acesso ao cuidado.

A iniciativa reforça a integração entre a atenção primária e o serviço especializado e amplia a vigilância em saúde realizada pelos agentes comunitários, que desempenham papel fundamental na identificação e no encaminhamento adequado de pacientes que podem apresentar doenças da boca.

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