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Na manhã de segunda-feira (1/8), foi realizada a abertura da quarta edição do Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC-Jr), no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. O evento é organizado pela Pró-reitoria de Pesquisa (PRP) da Unicamp em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O coordenador do Pic Junior pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp, Miguel Morano Junior destacou o aumento das vagas.

A FOP passou a oferecer quarenta vagas, as quais estão distribuídas em nove projetos, compreendendo as áreas de Endodontia, Anatomia e departamento de Odontologia Social. Neste último, está concentrado a grande maioria dos projetos. Inscreveram-se 204 alunos, oriundos de 22 escolas, das quais foram selecionados 40. Somente 2 escolas não conseguiram classificar alunos.

Morano falou da dificuldade em selecionar os alunos devido ao alto nível. “Infelizmente tivemos que deixar alunos bons de fora. Por outro lado, para aqueles que entraram é uma oportunidade impar. Os estagiários devem aproveitar o máximo possível”, disse. O professor Davi Pacheco, representando a Diretoria de Ensino de Piracicaba, que também esteve presente na cerimônia de abertura, fez uma avaliação do Pic-Jr.: “muitos acabaram entrando em universidades públicas, inclusive na Unicamp. Acredito que o projeto não só ajuda na formação dos alunos com relação ao ensino médio em si, mas na preparação para a universidade, além de auxiliar na formação de possíveis pesquisadores”, disse.

Daniela Cristina Lopes, 15 anos, da escola Aveliana Palma Losso, conta que o estágio oferece ferramentas que irão auxiliá-la quando estiver cursando uma faculdade. Ela pretende cursar Psicologia. “Pretendo adquirir novos conhecimento, além de experiência”, disse. João Vitor Teixeira, 15 anos, da escola José Martins de Toledo, compartilha do mesmo pensamento.

Segundo o pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, Ronaldo Aloise Pillieste, o aumento do número de vagas oferecidas se deve ao reconhecimento e a estrutura do programa que visa despertar a vocação científica e incentivar talentos potenciais entre estudantes do ensino fundamental, médio e profissional da rede pública, mediante sua participação em atividades de pesquisa científica ou tecnológica, orientadas por pesquisador qualificado em instituições de ensino superior ou institutos e centros de pesquisas. “Vocês passaram por um processo rigoroso e competitivo. Só há admiração em acreditar que os bancos escolares são o futuro profissional e pessoal de cada um”, disse Pilli.

Mário Fernando de Góes, professor da FOP, Assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa e coordenador do comitê organizador do PIC Jr. da Unicamp, disse que a base de um país começa pelo processo educacional. Mais que identificar talentos ou novos cientistas, o PIC Jr. se propõe a formar cidadãos honestos, humanos e integrados às necessidades das pessoas. “Em um ano, quando estivermos aqui novamente e vocês apresentarem os resultados de suas pesquisas, a cabeça e a visão de vocês será diferente. Esse é o caminho da descoberta”, disse Goes.

O programa acontece nos moldes do Projeto Ciência e Arte nas Férias, mas em vez de um mês, o estudante passa um ano estagiando na Universidade. A ideia é correlacionar o PIC Júnior ao Ciência e Arte nas Férias para que os participantes possam dar continuidade ao projeto desenvolvido durante um mês.

O PIC-Jr, idealizado e apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), visa propiciar aos alunos de escolas públicas a oportunidade de se integrar em atividades de pesquisa, despertando talentos e envolvendo-os com os desafios atuais da ciência e com a metodologia do trabalho científico. É uma oportunidade, também, para que esses jovens desenvolvam senso crítico e compreendam a dinâmica da construção e transmissão do conhecimento.

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