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Décio Henrique Franco

Outro dia lí o livro “Networking – Como utilizar a rede de relacionamentos na sua vida e na sua carreira”, do consultor José Augusto Minarelli. Recomendo sua leitura e trago aqui alguns comentários.

A palavra networking é hoje muito utilizada por gestores e outros profissionais. Se voce não a conhecia, essa palavra em inglês vem de Network, que significa rede. Networking é uma expressão que se refere à habilidade de alguém de construir redes de contato, mantê-las e ampliá-las. Éa técnica de utilizar a rede de relacionamentos humanos para solucionar problemas.

Essa expressão é utilizada há poucos anos no Brasil, mas o seu significado sempre existiu como estilo de vida. Muitos não se dão conta, mas todo mundo faz parte da rede de relacionamentos humanos desde antes de nascer. Ela é indispensável à sobrevivência, pois estamos todos interligados e somos interdependentes. Ninguém consegue viver totalmente sozinho, sem ajuda ou apoio de outra pessoa.

O consultor afirma que cada pessoa que voce conhece é mais um elo, um novo link, uma conexão a mais com quem será possível trocar ajuda. Na rede, cada um de nós tem duplo papel. Ora somos o centro das conexões, ora membros da rede de outras pessoas.

Voce já parou e refletiu sobre como é composta sua rede de relacionamentos? Existem as redes: pessoal, a profissional e a de oportunidade. Sua rede é maior do que voce imagina, mas muito menor do que poderia ser. A rede está sempre em contato direto com as das pessoas que voce conhece e em contato indireto com as dos desconhecidos. É fato de que as conexões humanas sobrevivem à distância e ao tempo decorrido. Fazer networking, segundo o autor, é redescobrir o prazer de conviver, viver com os outros de forma gentil, respeitosa e com a maior naturalidade.

As conexões de uma rede social são chamadas de capital social, que não tem preço, mas tem muito valor. Ninguém joga dinheiro fora, mas a gente desperdiça diariamente o capital social. Para dar retorno, o capital social precisa ser cultivado sempre com visão de longo prazo, e a maioria das pessoas gosta de ser útil e de prestar solidariedade a outras pessoas.

Cultivar a rede é uma atitude previdente: a gente nunca sabe quando vai precisar de ajuda. A navegação na rede sempre traz resultados, mas é facilitada quando existem registro positivo e uma dose de afetividade obtida no passado.

Precisamos reconhecer um fato: Com uma pessoa conhecida e querida, a gente tem boa vontade, é flexivel, dá um jeito e se empenha. Para um desconhecido, oferecemos as normas e os procedimentos que devem ser cumpridos. O conselho então é que quanto mais generoso voce for com sua rede, mais benefício vai receber de volta.

Não quero incentivar o comportamento interesseiro. O networking precisa ser uma rotina natural. A gente recebe da rede de relacionamentos o que dá a ela. Nem sempre o retorno vem da pessoa que um dia ajudamos, mas sim de outras pessoas.

E pensar que a dois mil anos atrás, Jesus Cristo já deixou a chamada regra áurea para ser praticada por nós. Essa regra que está no evangelho de São Mateus, capítulo 7 verso 12 diz: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam”. Vamos começar a praticar? O mundo seria melhor.

Décio Henrique Franco é administrador na FOP/UNICAMP.Contato:decio@unicamp.br

Artigo publicado no Jornal Gazeta de Piracicaba no dia 6 de setembro de 2015

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