Programas

Programas CEPAE

INSCRIÇÃO GESTANTES

O Cepae aceita inscrições de gestantes, em qualquer período de gestação, de preferência antes do 6º mês, para que haja tempo para a participação no Programa antes da criança nascer. Não é aceita a inscrição de crianças já nascidas, exceto em se tratando de criança com necessidade especial.

As inscrições podem ser feitas de segunda a sexta-feira das 09:00 às 11:00 e das 14:30 às 16:30, pelo telefone (019) 2106-5275 ou pessoalmente no Cepae-FOP-Unicamp.

Ao fazer a inscrição, a gestante recebe breves informações sobre o Programa e é agendada para a sua primeira visita ao Capae.

POG – PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO À GESTANTE


O Programa de Atenção Precoce à Saúde está voltado para o atendimento de crianças de 0 a 5 anos de idade e é iniciado ainda no período pré-natal, através do Programa de Orientação à Gestante (POG). A participação no POG é pré-requisito para que a criança receba o atendimento odontológico até cinco anos de idade.

A gestante deve participar de duas reuniões, em datas e horários que serão agendados no momento da inscrição.

Os temas abordados na palestra do POG referem-se à: importância do aleitamento materno, prevenção e tratamento de problemas de mama, conseqüências dos hábitos de sucção (chupeta e mamadeira) para o desenvolvimento orofacial, prevenção e controle dos episódios de cólica e preparo psicológico da gestante para o parto e pós-parto. Nas oficinas, abordam-se aspectos do parto e pós-parto relacionados à mãe e os cuidados com o bebê, tais como o banho, o cuidado com o coto umbilical, etc.

Neste encontro, a gestante recebe orientação para informar o Cepae sobre o nascimento do bebê, no máximo, dez dias após o parto, para que ela seja agendada para a sua participação na segunda etapa do Programa.

GIAME – GRUPO DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO


No período pós-parto a mãe pode sentir-se insegura em relação ao aleitamento e, portanto, ficar vulnerável à influência de familiares, amigos e, até mesmo, de profissionais de saúde despreparados para lidar com esta questão, fato que pode estar relacionado com o baixo índice de aleitamento materno exclusivo observado aos 6 meses de vida da criança.

Frente a esta situação, a coordenação do Cepae desenvolveu um programa que tem por finalidade auxiliar a mãe a enfrentar as dificuldades relacionadas aos cuidados com a criança, especialmente referentes ao aleitamento materno e, com isso, contribuir para o aumento dos índices desta prática na população assistida.

Assim, após o nascimento da criança, a mãe comunica-se com o Cepae e é agendada para o primeiro encontro do GIAME, que ocorre por volta do décimo quinto dia do pós-parto.

O GIAME é baseado em nove encontros, que ocorrem nos primeiros seis meses de vida da criança. Cada encontro é conduzido por uma equipe interdisciplinar, composta por dentista, fonoaudiólogo, nutricionista e psicólogo.

A cada encontro, os profissionais estimulam as mães a relatar suas dúvidas, dificuldades e sucessos em relação à amamentação. Outros temas relevantes a esta etapa da vida da díade mãe-criança também são abordados, tais como: aspectos psicológicos do pós-parto, alimentação da mãe-nutriz, leis de proteção ao aleitamento materno, uso de chupeta e mamadeira, introdução adequada de alimentos, manejo da cólica, organização da rotina da criança, prevenção de doenças bucais, entre outros.

Além deste apoio informacional, feito por meio das conversas e das palestras educativas, a cada encontro é oferecido apoio instrumental, por meio de atendimentos individuais, que têm por finalidade auxiliar a mãe em relação a dificuldades específicas, tais como, fissura mamilar, ingurgitamento mamário, problemas de pega e posição de mamada.
A equipe do GIAME incentiva a mãe a amamentar de forma exclusiva, até o sexto mês de vida, sem a introdução precoce de outros alimentos na dieta da criança.

INSCRIÇÃO PNE
(PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS)


Crianças com necessidades especiais (deficiências motoras, sensoriais e mentais: cardiopatias, fissuras labiais ou palatinas, síndromes, paralisia cerebral, etc.) podem ser pacientes do Cepae, desde que sejam inscritas com, no máximo, 12 meses de idade.

As inscrições podem ser feitas de segunda a sexta-feira das 09:00 às 11:00 e das 14:30 às 16:30, pelo telefone (019) 2106-5275 ou pessoalmente no Cepae-FOP-Unicamp.

Ao fazer a inscrição, a mãe recebe breves informações sobre o Programa e é agendada para a sua primeira visita ao Capae.

PROGRAMA DE ATENÇÃO AO PACIENTE COM NECESSIDADES ESPECIAIS (PNE)


Este programa é destinado aos Pacientes com Necessidades Especiais (PNE) (deficiências motoras, sensoriais e mentais: cardiopatias, fissuras labiais ou palatinas, síndromes, paralisia cerebral, etc.), e tem como objetivos a prevenção e o tratamento de problemas orais e, consequentemente, de problemas de ordem sistêmica, por meio da instalação de hábitos de higiene e de dieta adequados.

Crianças com necessidades especiais podem ser inscritas no programa até antes de completar 12 meses de idade. Dependendo da idade da criança e da maneira como está sendo alimentada (aleitamento materno e/ou artificial), a criança é inserida no GIAME ou no ATC, após a mãe ter recebido informações básicas sobre controle de dieta e higiene oral por meio de um encontro conduzido pela equipe interdisciplinar.

Assim como acontece com as crianças que não apresentam necessidades especiais e que, portanto, iniciaram a participação no Programa ainda durante o período gestacional, as crianças deste grupo são acompanhadas a cada dois meses e recebem alta do programa ao completar 5 (cinco) anos de idade, passando por todos os programas oferecidos regularmente pelo Cepae.

ATC – ATENDIMENTO DE TRANSIÇÃO PARA A CLÍNICA


A partir dos seis meses de idade, ou seja, após o encerramento de sua participação no GIAME, o paciente inicia sua participação no terceiro estágio do Programa, denominado Atendimento de Transição para a Clínica (ATC).

No ATC, o paciente é examinado mensalmente, em consultas individuais, até completar doze meses de idade. Nestas sessões, participam uma dentista e mais um profissional da equipe interdisciplinar (fonoaudióloga, nutricionista ou psicóloga). O momento em que cada um destes profissionais atua durante estes seis meses é planejado de forma a oferecer à díade as informações pertinentes a cada fase de desenvolvimento da criança.

Durante estes três primeiros estágios do Programa (POG, GIAME e ATC), a equipe oferece informações e apoio técnico para que a mãe possa enfrentar as dificuldades inerentes ao período gestacional e ao primeiro ano de vida da criança. Estas são as fases mais críticas para o desenvolvimento de hábitos corretos de alimentação e de higiene e para a instalação de condutas comportamentais adequadas ao desenvolvimento da criança, que pode ser conseguida por meio do estabelecimento de uma rotina de atividades diárias, que inclui horários mais ou menos fixos para a alimentação, o sono e as práticas de higiene.

ATENDIMENTO REGULAR


Após completar doze meses de idade, o paciente passa a ser avaliado bimensalmente por um cirurgião-dentista da equipe. A cada visita, investiga-se a quantidade de biofilme aderido ao dente, avalia-se o conteúdo e a natureza da dieta, realiza-se o treino de higiene bucal e oferecem-se orientações sobre alimentação e sobre hábitos (chupeta e mamadeira). Cada consulta demanda cerca de 60 minutos e envolve diretamente o cirurgião–dentista e o seu supervisor (um cirurgião-dentista mais experiente por estar na equipe há mais tempo), além de contar com a participação dos demais profissionais das áreas de fonoaudiologia, nutrição e psicologia, que oferecem suporte à equipe odontológica e atuam diretamente com as famílias.

Ao chegar para o atendimento, a díade é encaminhada por um dentista e um nutricionista para a “Sala de Anamnese e Antropometria”, onde há computadores para o registro dos dados coletados na consulta e instrumentos para avaliação do desenvolvimento físico da criança (Avaliação Antropométrica). Após esta avaliação, os profissionais entrevistam a mãe a fim de investigar os dados referentes ao conteúdo, à consistência, à freqüência e à forma de oferecimento dos alimentos consumidos pela criança. Neste momento, são disponibilizadas as informações relativas à dieta, pertinentes à faixa etária da criança. A avaliação antropométrica é realizada ao longo de todo o Programa, sendo que os dados de peso e altura são inseridos numa curva de crescimento. Estes dados, junto com as informações nutricionais da criança, propiciam à equipe realizar as orientações necessárias para a manutenção da criança num ritmo ideal de crescimento. Crianças com alterações nutricionais (sobre-peso, obesidade ou desnutrição) recebem atenção diferenciada, em consultas com o nutricionista da equipe e são acompanhadas até que atinjam o peso ideal e deixem de pertencer ao grupo de risco.

Em seguida, a díade é conduzida à “Sala de Atendimento Regular” para a avaliação da saúde oral da criança. Após exame clínico minucioso, conduzido por um cirurgião-dentista (que investiga a presença de lesões de cárie, alterações oclusais e alterações da normalidade dos tecidos moles) e por um fonoaudiólogo (que, concomitantemente, observa a fala, a deglutição e a respiração, além de outras possíveis alterações), realiza-se a evidenciação de placa bacteriana. A mãe, então, é orientada sobre como atuar de forma mais eficiente na higiene oral da criança e passa por treino da técnica de escovação e do uso de fio dental. Terminada a higiene feita pela mãe, o dentista remove os remanescentes de placa bacteriana e realiza a aplicação tópica de flúor, quando necessário. A fonoaudióloga também investiga a presença de hábitos de chupeta e mamadeira e oferece as orientações necessárias para sua interrupção. Um psicólogo acompanha o atendimento e oferece suporte à equipe, no sentido de melhorar o seu desempenho em relação ao manejo do comportamento da criança e, também, a adesão da mãe às informações oferecidas.

Todos os comportamentos de saúde emitidos pela mãe e pela criança são valorizados pela equipe, na tentativa de manter a ocorrência destes comportamentos.
Esta rotina mantém-se inalterada até que a criança complete quatro anos de idade, exceto quando ocorre alguma alteração da normalidade que requeira intervenção curativa (cárie, traumatismos dentários, maloclusão, etc.). Embora mantendo a mesma estrutura, a cada consulta a equipe procura variar o conteúdo das informações oferecidas, adequando-as às diversas faixas etárias e às necessidades de cada momento.

AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA E ORTODÔNTICA


No mês em que a criança completa 42 meses de idade (3 anos e meio), ela é agendada para uma avaliação fonoaudiológica e ortodôntica.

Nesta sessão, a criança é avaliada por um fonoaudiólogo e um dentista da equipe e são oferecidas as orientações necessárias à mãe no sentido de prevenir ou interceptar problemas de fala, deglutição, respiração, mastigação e oclusão. As crianças são encaminhadas para a tomada de radiografia Panorâmica (para avaliação das estruturas ósseas e dentárias, o que auxilia no diagnóstico) e oclusal (para investigação de alterações radiculares dos dentes antero-superiores que podem estar presentes e não apresentar manifestações clínicas, que foram ocasionadas por traumatismos).

Ao passar por esta avaliação e ser constatada a presença de hábitos de sucção de chupeta e/ou mamadeira, a mãe é convidada a participar do “Programa de Remoção de Hábitos Orais” (PRHO) e, já nesta sessão, recebe informações sobre como proceder para auxiliar a criança a interromper o hábito.

PRHO – PROGRAMA DE REMOÇÃO DE HÁBITOS ORAIS


Ao passar pela Avaliação Fonoaudiológica e ortodôntica e ser constatada a presença de hábitos de sucção de chupeta e/ou mamadeira, a mãe é convidada a participar do “Programa de Remoção de Hábitos Orais” (PRHO) e, já nesta sessão, recebe informações sobre como proceder para auxiliar a criança a interromper o hábito.

O programa consiste em 6 contatos telefônicos com a mãe, com intervalo mensal, para oferecer apoio informativo e emocional, até a interrupção do hábito. Veja algumas das dicas oferecidas para as mães para interrupção do hábito de sucção de dedo, chupeta e mamadeira.

ATENDIMENTO DIFERENCIADO


Após completar cinco anos, as crianças participantes do Programa de Atenção Precoce à Saúde do Cepae, recebem alta e são encaminhadas para outros serviços de saúde, oferecidos pela própria Faculdade ou pelo Serviço Odontológico Municipal. Dependendo da condição socioeconômica, algumas crianças são atendidas em consultórios particulares. Diferente do que ocorria no Cepae, na maioria destes serviços é regra a permanência da mãe na sala de espera durante as consultas da criança. Este fato, segundo relato das mães, gerava problemas comportamentais nas crianças, que estavam habituadas a ter a mãe presente em todas as consultas do Cepae.

Por este motivo, foi desenvolvido o Atendimento Diferenciado, que tem por objetivo preparar a criança para a alta, ou seja, treiná-la para que ela possa participar da situação odontológica sem a presença da mãe e sentindo-se segura. Além disso, esta atividade cria a oportunidade da criança receber treinamento e orientação sobre higiene oral e controle de dieta, tornando-a um agente responsável por sua própria saúde.

Assim, ao completar 4 anos de idade, a criança inicia o processo de separação da mãe durante a consulta do tratamento odontológico. Entretanto, esta atividade é realizada num ambiente com o qual ela está familiarizada, contribuindo para que a criança se sinta segura e confiante.

Na primeira consulta após seu aniversário de 4 anos, a criança é convidada a entrar na sala de consulta sem a presença da mãe. A dentista inicia o atendimento contando uma estória, com o objetivo de mostrar a importância da higiene bucal e de uma adequada alimentação. Em seguida, sob a orientação da dentista, a criança treina a técnica de escovação e de uso do fio dental, primeiro em manequim e depois em sua própria boca. Ao final, participa de uma atividade lúdica, com brinquedos referentes aos assuntos abordados. A mãe recebe a informação de que, a partir desta sessão, ela deverá incentivar a criança a realizar a própria higiene bucal, sempre sob sua supervisão. Entretanto, a última escovação do dia e o uso do fio dental ainda deverão ser realizados pela mãe.

ATENDIMENTO NUTRICIONAL E / OU PSICOLÓGICO


Encaminhamento para o psicólogo

Realiza-se encaminhamento para a Equipe de psicólogos nos seguintes casos: pacientes com problemas de comportamento em casa ou durante o atendimento odontológico; pais que demonstram dificuldades com o manejo do comportamento da criança; pais que não aderem às orientações oferecidas pela Equipe do Cepae, etc. O atendimento é conduzido de maneira individual para que o profissional possa oferecer atenção específica e contínua para a díade mãe-filho e para a dentista responsável pelo atendimento da criança. As crianças que apresentam alterações de comportamento poderão passar por sessões de condicionamento, conduzidas pelo dentista e pelo psicólogo.

Encaminhamento para a nutricionista

Realiza-se encaminhamento para a Equipe de nutricionistas nos seguintes casos: mães com dificuldades na amamentação; mães com dúvidas em relação à introdução de alimentos durante o processo de desmame; crianças com anemia, desnutrição, sobrepeso, obesidade, e outras alterações. O objetivo é o atendimento integral da criança e, nestas situações, a nutricionista pode criar cardápios e dietas específicas além de oferecer apoio para a orientação do dentista nas consultas seguintes da criança.

ATENDIMENTO DE APOIO À CLINICA


O Cepae mantém um serviço de atendimento de urgência (traumatismo dental, cárie, etc.) que oferece orientações preventivas e práticas curativas. O objetivo deste atendimento é a remoção de dor e a interrupção do processo inflamatório. Este atendimento é destinado a crianças com idade máxima de 36 meses, que não são pacientes regulares do Cepae.